quinta-feira, 17 de março de 2016

O que fazer para começar a ter uma vida realizada?


Esta foi uma pergunta com que me deparei durante muito tempo. Queria de facto ter uma vida diferente. Queria ser mais. Queria melhor. Mas quando me perguntavam o que eu queria exatamente,  não sabia responder. E este foi o primeiro grande desafio que tive na construção da minha vida de sonho.
Para  conseguir responder a esta pergunta tive que voltar um pouco atrás e responder a outras perguntas:

- Ao longo da tua vida o que te tem feito sentir realizada?
- Porque é que essas coisas/acontecimento te fizeram sentir assim?
- Neste momento o que és/tens na tua vida que te permite viver realizada?
São perguntas tão difíceis de responder quanto poderosas, sobre as quais nunca tinha parado para pensar. Eu só queria o que todas as pessoas querem, o melhor!
Mais tarde percebi que para além do melhor para cada um ser diferente, possivelmente a maior parte das pessoas também não sabe exatamente o que é esse melhor para elas. É preciso, então, começar por descobrir o é “o melhor”.

Esta foi a fase em que mais senti o poder das crenças limitadoras e pensamentos negativos. Mais do que não ter consciência de muitas das coisas que para mim eram importantes, sempre que permitia que a minha essência se manifestasse e trouxesse à consciência os meus verdadeiros desejos e ambições, automaticamente estes eram desalentados de tal forma pelas minhas crenças, pensamentos negativos e falta de confiança em mim, que não permitia sequer que chegassem ao papel.

Como podemos nós atingir algo que não sabemos o que é?
A resposta é simples. Não podemos!

Este foi para mim um período muito rico no que diz respeito ao autoconhecimento, mas confesso, que um a fase extremamente dura. É preciso querer muito. É preciso resiliência. É preciso persistência.
Se tens tudo isto, ou achas que o podes desenvolver, então está na hora de viveres realizado!
Se não tens, nem te sentes com capacidade de trabalhar todos estes aspetos sozinho, neste momento, podes pedir a ajuda de alguém especializado, ou então manteres-te a viver na mediocridade. A escolha é sempre tua.

Se escolheste mudar já, parabéns! Podes começar por voltar às primeiras questões deste post e trazeres para o presente os sentimentos e características que identificas em ti, em cada momento em que já te sentiste realizado. É altura de positivar a mente, ou como se diz em Psicologia Positiva, FLORESCER.



Preparado para começar?

Para este desafio vais precisar de uma folha e um lápis.
Nessa folha vais escrever um pequeno texto no qual descreves uma experiência concreta, onde mostras como funcionaste no teu melhor. Esta experiência deve de refletir bem como utilizaste as tuas melhores qualidades e características. Nesta descrição todos os pormenores são extremamente importantes: o local, as pessoas envolvidas, a relação que tens com cada uma delas, os pensamentos que te vão surgindo, etc.. Recorda-te que deve fazer um esforço verdadeiro no sentido de identificares características pessoais positivas que contribuíram para que a situação se tivesse desenrolado dessa forma positiva.

Repete o exercício pelo menos uma vez por mês. Lembra-te que este é o começo.

Boas leituras, reflexões e escrita com muita positividade na mente.



quarta-feira, 2 de março de 2016

Até que ponto é que tu és líder de ti mesmo?



Desde que partilhei contigo a história (real) da Psicóloga que foi fazer Coaching (se não leste, podes ainda faze-lo aqui), que fiquei cheia de vontade de partilhar contigo como foi o chamado  “momento do click”.

Na verdade não houve um dia em que eu simplesmente acordei e pensei “hoje é o dia de mudar tudo na minha vida”. Foi uma fase bastante longa, de mais de um ano, em que todos os dias acordava e pensava “Coragem Liliana, afinal é só mais um dia igual ao dia de ontem, não há o que temer!”.

E foi assim que durante muito tempo me fui conformando com a mediocridade da vida que leva, todos os dias. Mas, todos os dias com menos energia. A cada dia, com menos capacidade de me auto motivar (ou será antes com mais capacidade de me auto sabotar, questiono-me agora!?). A cada terminar ou iniciar de dia, com um pensamento menos positivo.

Então, no dia em que decidi escrever a minha lista de objetivos, que como já sabes, resultou numa folha em branco, percebi que me tinha tornado em alguém que não reconhecia como sendo eu mesma. Tornei-me uma pessoa insegura, cheia de dúvidas e medos, sem capacidade de dizer sequer o que gostava ou não. E desta forma, fui percebendo que tinha perdido a minha liderança pessoal.

Sabes o que é a liderança pessoal?

A liderança pessoal tem a ver com o facto de seres o líder da tua própria vida. Está relacionado com a forma como te lideras a ti próprio, em todas as áreas da tua vida. Em que decides o que queres em cada uma delas, e reúnes as competências necessárias para o atingires.

A liderança pessoal é um dos princípios da excelência pessoal, pois só quem é soberano de si próprio pode realmente dar o melhor de si, com força e integridade. E neste sentido, quem se auto lidera é alguém que já desenvolveu as suas qualidades pessoais, e que aprendeu a reconhecer, essencialmente, os seus pontos fortes.
Pelo contrário, alguém que não tem desenvolvida a sua liderança pessoal sente a necessidade de ser liderado pelos outros, tornando-se no resultado daquilo que os outros querem e não o que ele próprio quer, até porque grande parte das vezes, tal como eu, não sabem o que querem.

Se te identificas com as características de alguém que se auto lidera, parabéns! Já percorres-te, com toda a certeza, um caminho muito trabalhoso para aí chegares, e isso tem todo valor.

Se pelo contrário sentes que te incluis no grupo de pessoas que não é líder da sua própria vida, a boa noticia é que “ainda não o és, mas depende exclusivamente de ti sê-lo”.

A construção da liderança pessoal inicia-se por um processo de desenvolvimento pessoal. Um caminho de auto descoberta, onde naturalmente se assumem as forças e fraquezas pessoais.
Foi exatamente isto que aconteceu comigo. Quanto mais (re)conhecia em mim forças e fraquezas, maior líder de mim mesma eu me fui tornando.

E neste momento, deves de te estar a preguntar: Liliana, então mas tu estudaste Psicologia e não te conhecias a ti própria?

Pois é. Tens toda a razão. Foi um choque para mim aperceber-me disto. Mas, a verdade é que ESTUDEI 10 ANOS PSICOLOGIA E DESCOBRI QUE NÃO SABIA PRATICAMENTE NADA DE MIM!

Felizmente, descobri-o aos 28 anos e agora tenho uma vida inteira pela frente, onde me posso ir redescobrindo, onde posso trabalhar de acordo com quem sou, de acordo com  o meu propósito de vida, ser feliz e levar um número cada vez maior de pessoas também a viver desta forma.

Estás a pensar que tive realmente sorte em tê-lo descoberto aos 28 anos.
Sim, é verdade! Há  pessoas que passam uma vida inteira e o que sabem sobre elas próprias é algo mínimo, insignificante até. Por isso, independentemente da idade que tens, estás sempre a tempo. Uma boa crença motivadora (podes ver o post sobre isto aqui) nesta situação é “Estamos sempre a tempo. Mais vale tarde, que nunca!”

Por isso mãos à obra e pensa sobre isto:

Se te tivesses que te apresentar a alguém neste momento, e lhe tivesses que dizer três características positivas (forças) e três características negativas (fraquezas) tuas, o que lhe dizias?

Como lidas com os teus pontos fracos?

De que forma procuras em ti os teus pontos fortes?

Como os valorizas no teu dia-a-dia?



Boas reflexões com muita positividade na mente.